O fácil seria trocar Dunga

out-2nd-2013

O mais fácil seria trocar o treinador. Aliás, como o presidente fez nos últimos dois anos. Foram seis ou sete técnicos desde que Luigi assumiu o comando do clube e nada de campeonato importante.

Afastando o Dunga, com certeza, o anseio do torcedor mais apaixonado, parte do conselho, dirigentes e “aspones” estarão atendidos. A esperança por uma solução mágica ficará renovada.

Acontece que o problema colorado é estrutural. A direção sabe que detém uma considerável parcela de responsabilidade por mais uma insuportável campanha. Montou um elenco desequilibrado e com idade elevada, além de ter vendido titulares.

São quase dois anos sem ganhar praticamente nada. Antes, o torcedor contentava-se porque o time derrotava o combalido Grêmio. Planejado num papel de pão de meio quilo e sobre as coxas de Paulo Odone Ribeiro.

Hoje, o adversário aparece na vice liderança do certame e ainda sonha com o título. Irrita os colorados surgindo bem na frente do Inter. Exatamente como aconteceu no ano passado.

Os dirigentes de futebol alvirrubros são inexperientes. Novatos. Além de não simpatizarem, alguns deles, com o treinador.

Alguém precisa relembrar e aplicar os ensinamentos escritos na história pelo ex-presidente Fernando Carvalho. Para um time em formação ou em má fase, são três as regras ou passos a serem seguidos:

1ª regra, aliás, que foi seguida à risca por Renato Portaluppi: jogar mal e não perder;
2ª regra: é jogar mal e vencer;
3ª regra: jogar bem e, também, ganhar os jogos.

Somente após o processo acima uma equipe de futebol poderá ser considerada pronta para conquistar vitórias e títulos. Concordam? Ou Fernando Carvalho não sabe o que fala?

A força de Koff junto ao sócio

out-1st-2013

Escrito no dia 28 de setembro – Sábado

É um sábado importante dentro da política clubística gremista. Ao final do dia, talvez, teremos uma amostragem interessante, se Fábio Koff retomou ou não o comando, também, do associado em geral.

Sim. Porque dentro do Conselho Deliberativo é indiscutível a supremacia do atual presidente. Ele acabou com qualquer tipo de influência que poderiam ter os ex-presidentes Paulo Odone e Hélio Dourado.

Por interesses políticos, evidentemente, Fábio Koff é considerado quase um Deus, internamente! Incrível como há Assessores para Porra Nenhuma querendo aparecer ao lado do grande líder.

A votação começa às 10h e vai até às 17h na Arena. Primeira eleição na Nova Arena. Cinquenta por cento do Conselho serão renovados. Há ainda os trinta suplentes.

A campanha é forte, mas não de todas as chapas. A chapa oficial se aproximou de Danrlei. Outros nomes de ex-jogadores e treinadores foram contratados para ajudar na caça ao voto do gremista comum.

São sete chapas a saber. Citei três nomes que conheço de cada uma:

Chapa 1 – Grêmio do Prata: Eldir Antonini, César Augusto Fernandes e Cláudio Medeiros.
Chapa 2 – Faixa no Peito – Unido Vencedor: Renato Moreira, Romildo Bolzan e Chitolina.
Chapa 3 – Nação Tricolor – Antônio Frizzo, Irno Bordignon e Thiago Floriano.
Chapa 4 – Juntos pelo Sócio – Irany Sant’Anna, Marcos Almeida e Paulo Luz.
Chapa 5 – Grêmio Maior – Ricardo Vontobel, Cláudio Oderich e Alexandre Grendene.
Chapa 6 – Somos Gr^mio – Diego Luz, Fabiano Pereira e Paulo Ostermann.
Chapa 7 – Vem pro Grêmio – Homero Bellini Jr, Marcos Herrmann e José Simões.

EDITADO: foram mais de oito mil votos. O Grêmio anunciou que a chapa dois, Faixa no Peito, e a sete, #VemproGrêmio, ultrapassaram a cláusula de barreira de 20% e foram as grandes vencedoras do pleito que renovou 180 vagas (150 titulares e 30 suplentes) para o Conselho Deliberativo do Grêmio.

Com 2509 votos, ou 29,5%, a chapa dois foi a mais votada e elegeu 88 conselheiros titulares e 18 suplentes. A chapa sete, com 1790 votos, ou 21,1%, elegeu 62 nomes e 12 suplentes.

Grêmio empata e decide em casa

set-27th-2013

Foi um jogo extremamente tático. Tecnicamente difícil para os dois lados. Houve muita marcação, disputa e rivalidade. O árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro é meio inseguro ou indeciso. Fraco.

O placar de zero a zero foi aceitável. Parece que deixou ambos lados satisfeitos. A vaga está em aberto e será definida na Arena. Qualquer vitória classifica o time que vencer, evidentemente.

Um novo empate sem gol, teremos decisão por pênaltis. Se houver mais um empate, mas com gol, avança a equipe de São Paulo. Teoricamente o Grêmio tem uma leve vantagem no confronto.

Se bem que o Grêmio parece jogar melhor quando atua sem a obrigação da iniciativa de jogo. O Corínthians, agora, acumula a quantidade de partidas sem vitória.

São sete partidas, tendo marcado um gol somente. O Grêmio não ganha há quatro jogos. A decisão da vaga está marcada para o dia 23 de outubro. Lembrando que no dia 20 há um clássico Gre-Nal válido pelo campeonato brasileiro.

Se sábado passado, diante do Vitória, o Grêmio teve contra si um gol mal-anulado, nesta noite, no Pacaembu, o seu adversário sofreu a mesma situação desvantajosa. Além de um pênalti não assinalado de Rhodolfo sobre Émerson Sheik.

Aliás, Sheik que deveria ter sido expulso por ter agredido um jogador do Grêmio com o braço. Dentro daquela história, não? A banca paga e recebe.

Teimosia ou convicção?

set-24th-2013

Não acho nenhum absurdo deixar a dupla mais experiente do time gremista no banco de reservas. O treinador deve ter lá as suas razões para tanto e nós temos que respeitar.

O que me parece teimosia e não convicção é colocar o melhor atacante da equipe na reserva. Até porque o esquema preferido pelo técnico, o 3x5x2, com a entrada do chileno Vargas,  seguiria inalterado.

Alguém da direção tinha que interceder no assunto. Ao menos tentar sabatinar o técnico, saber de suas justificativas. Mas parece que ninguém tem estofo para questioná-lo.

O Grêmio jogará, nesta quarta, fora de casa. O regulamento da Copa do Brasil,  é sabido por todos nós, favorece quem faz gol longe de seus domínios.

E quem é o jogador de todo o grupo do Grêmio que poderia explorar melhor o contra-ataque com a sua velocidade? Kléber? Barcos? Hein?

Na partida de Salvador, empate com o Vitória em zero a zero,  Renato já havia errado em colocar Vargas na partida somente aos  trinta e cinco minutos do segundo tempo.

No restante tudo certo. É elogiável a convicção dele no 3-5-2 que, com as lesões dos zagueiros Werley e Gabriel, já mandou chamar outro zagueiro.

Rafael Thyere, de 20 anos, das divisões inferiores,  fica à disposição para a partida do Pacaembu, 21h50, diante do Corínthians.

A nossa escalação: Dida, Rhodolfo, Saimon e Bressan, Pará, Souza, Ramiro, Zé Roberto e Alex Telles. Vargas e Kléber.

Dunga deve estar querendo sair

set-23rd-2013

Nós já dizíamos que o Internacional já estava fora da disputa do título muito antes da partida deste domingo com a Portuguesa.

Mas, desta vez, além da direção, Dunga está demonstrando incompetência, apesar de todos as dificuldades da temporada. Fundamentalmente a de não contar com estádio próprio para jogar.

Nada justifica o que o técnico fez, neste domingo, na derrota de um a zero para a Lusa. A não ser a vontade de deixar o comando do time. Dunga, em entrevista recente, deixou claro que queria apenas cumprir o seu contrato para seguir a sua carreira.

O Inter que era lento na execução, ficou mais devagar. Acentuada com uma escalação inicial a partir de Aírton, Josimar, Alex e D’Alessandro. É inaceitável que um treinador impunemente não enxergue que D’Alessandro e Alex são concorrentes pela camisa dez.

Ou joga um ou joga o outro. São dois meias sem velocidade. E Aírton não tem condições para ser titular. Brucutu. O mundo sabe. E o mais impressionante: o Inter ficou com um a menos e Dunga cometeu o absurdo de não recompor a defesa.

Josimar foi recuado para a zaga com a expulsão de Índio, aos quatro minutos do segundo tempo. Isso que, no intervalo, ele já tinha tornado a equipe mais ofensiva ao ter retirado Aírton para a entrada de Scocco.

Mas o grande problema do Inter está na direção. Dunga, desde o início, notou isso. Luigi precisa de parceiros mais fortes no futebol.

Ou de um vice de futebol definido. Não há treinador que resista tantos comandantes para o departamento. São cinco homens a mandar.

Cinco cabeças pensantes e de personalidade forte. Cada um puxando para o seu lado. Interesses políticos falaram mais alto, de novo, na história recente colorada.

Grêmio só empata com o Vitória

set-22nd-2013

O primeiro tempo foi marcado pelo gol gremista mal anulado pela arbitragem, pela surpreendente escalação de Saimon no lugar de Gabriel e pela postura da equipe que tentou atacar e pressionar o adversário incessantemente.

Veio o segundo tempo e o Tricolor não conseguia explorar melhor os espaços cedidos pelo Vitória. Mesmo assim, Ney Franco retirou o volante Elizeu e mandou para o jogo o meia Arthur Maia.

Ney realizou outras duas mudanças para tornar o time mais ofensivo e com maior posse de bola. Pelo Grêmio, Saimon torceu o tornozelo e foi substituído por Elano.

Aos trinta e cinco saiu Barcos e entrou Vargas. No final, Ramiro deixou o campo para o ingresso de Deretti.

O esquema voltou ao tradicional 4 x 4 x 2, mas sem nenhum armador de ofício. As alterações deram mais resultado para a representação baiana.

No entanto, não tivemos um bom jogo de futebol. As duas equipes superaram os cem passes errados. Realmente complicado de se ver espetáculo com tantos erros.

Com o empate, o Grêmio chegou aos 39 pontos e se mantém temporariamente no terceiro lugar do Brasileirão.

Entretanto, pode ser ultrapassado pelo Atlético-PR, que, com 38, caso vença a Ponte Preta, neste domingo, vai aos 41.

Nota triste: morreu na útlima sexta-feira, aos 93 anos, Nestor Ludwig. Ex-conselheiro do Internacional e integrante da comissão de arbitragem da Federação Gaúcha de Futebol.

Inter consegue a façanha de perder duas para o Bahia

set-20th-2013

Dunga bem que tentou repetir a dose. Começou a partida diante do Bahia com idêntico esquema adotado no final de semana passado, na vitória sobre o Criciúma por um a zero. Ou seja, o 4x3x2x1.

Mas, nesta quinta, a equipe não contou com D’Alessandro. Por isso, Alex foi escalado na vaga do argentino como meia armador. Alex que começou de volante no último compromisso, ao lado de Aírton e Josimar.

Willians, que estava no banco no domingo, foi o escolhido para exercer a função de Alex, em Salvador. Nas demais posições todos foram mantidos. Mas o primeiro tempo foi lamentável.

Sem praticamente nenhuma criação ofensiva dos dois lados. O Bahia é uma das mais frágeis representações do certame. Veio o intervalo e Bahia e Inter voltaram sem qualquer mudança.

Dunga somente foi mexer depois de sofrer o primeiro gol. O jogo estava mais movimentado. O gol tricolor saiu depois de Muriel afastar de soco uma bola cruzada.

Feijão apanhou o rebote e bateu para o gol. A bola desviou em Índio e deslocou o goleiro colorado. 1 a 0, aos quatro minutos do tempo final.

Aos oito, Caio entrou no lugar de Josimar. O time gaúcho cresceu. Ficou mais veloz e criou várias situações. Três ou quatro bolas pegaram na trave ou no travessão do adversário.

E o velho ditado de quem não faz leva acabou se repetindo. Fernandão, que já havia marcado aqui no Centenário, no primeiro turno, recebeu na área, driblou Muriel e completou para as redes. Dois a zero, com mais de quarenta minutos.

Pergunta: pode uma equipe que pretende ser campeã brasileira perder duas partidas para o Bahia no mesmo campeonato? Será que agora a turma poderá entender o blogueiro que dizia ter o Inter o dever de priorizar a Copa do Brasil?

Ah! Lembrando que o D’Alessandro estava em campo no primeiro turno. Vitória do Bahia por dois a um. Gols de Ryder, Fernandão e Forlán.

Grêmio cede empate e quase perde no final

set-19th-2013

Quem acompanha o blog sabe que o time de Renato Portaluppi joga melhor quando não precisa tomar a iniciativa. Prefere ficar postado e explorando os contra-ataques. Especialmente no esquema com 3 zagueiros e 3 volantes.

No primeiro tempo, o adversário, que já enfrentou o Tricolor várias vezes na temporada, se utilizou da mesma proposta gremista. Ficou fechadinho na defesa e retirando os espaços.

Por isso, o time gaúcho fez uma etapa inicial quase sem inspiração. Praticamente sem jogadas de gol. Chegou a perder o domínio do meio campo. Insistia na jogada aérea, mesmo que não tenha um cabeceador sequer na sua equipe.

Veio o segundo tempo. Renato mudou. Retirou Bressan e colocou Elano. Talvez, fosse mais interessante a entrada de Vargas. Vindo de trás e tentando as triangulações com Kléber e Barcos.

Mas falar de fora é fácil. O técnico acabou colocando Vargas aos vinte e seis minutos e no lugar de Zé Roberto, que não fez boa partida.

E não é que na sua primeira jogada, o chileno arrancou pela meia esquerda, fez uma tabela, avançou, gingou até o momento da chegada da marcação?

Na sequência, Vargas foi esperto e, imediatamente, deu um passe “açucarado” para Elano marcar o único gol gremista. Foi um chute forte, de pé direito e no canto esquerdo alto de Aranha. Um a zero.

No entanto, futebol nos apresenta grandes surpresas. Não há lógica. Pois  no melhor momento tricolor, foi o Santos que acabou marcando. E com Willian José, de novo. Ele que tinha começado na reserva.

De novo, porque no primeiro turno as duas equipes empataram com um gol dele, também. De pênalti.  Vargas havia feito o gol gremista lá na Vila.

Agora serão três partidas fora de casa, na sequência. Vitória, no sábado, Corínthians, na quarta, pela Copa do Brasil, e São Paulo, no Morumbi, no domingo da outra semana.

Tarefa nada fácil. Opinem. Será ou não uma segunda quinzena decisiva para as pretensões gremistas nas duas competições nacionais?

Saiba em quem não votar

set-18th-2013
Um leitor se manifestou a respeito das eleições do Conselho Deliberativo do Grêmio. O seu voto ainda não está definido, mas ele já sabe em quem não votar.”
Prezado Vidarte, você é o jornalista esportivo mais bem informado do Rio Grande do Sul. É por isso que decidi escrever para ti. Eu estava analisando a eleição do Conselho Deliberativo do Grêmio e concluí que a verdade toda não foi dita.
Não tenho nada contra ninguém, mas é o seguinte:

– A chapa 2 é a chapa dos POLÍTICOS. A gente já viu que essa fórmula não dá certo. Misturar partido político com futebol é furada. Dos nomes que estão ali, a grande maioria é militante partidário. O Grêmio é apenas escada.
– A chapa 5 é a chapa do ODONE.  Vi que pouco falam dele, praticamente o escondem. Também é a chapa dos RICOS e PODEROSOS da vida, aqueles que não estão muito interessados em popularizar o futebol.
Respeito esses caras, sei que já ajudaram o Grêmio nas horas difíceis. Mas fico pensando se, para eles, o que realmente importa é os sócios. Ah, e também nesta chapa tem uma lista grande de políticos.
– A chapa 7, essa é a mais disfarçada de todas. Tem muita gente bacana ali, de boa fé, etc. Muitos torcedores que se encantaram pelo discurso redondinho do Bellini… Mas o que a maioria não sabe é que também está nessa chapa toda a turma do GUERREIRO, o pessoal que fez aquela negociação furada com a ISL.
Ora, me desculpem, mas achar que isso é novidade? Vão ressuscitar esse povo? Não tenho preferência, mas, pelo que expus acima, já sei em quem NÃO vou votar.
Abraço, caro Vidarte!”

Grêmio frustra a sua torcida

set-16th-2013

Faz um tempão que o Grêmio não sabe o que é vencer o Atlético Mineiro. No primeiro turno, deu Galo dois a zero, dois gols de Ronaldinho. Hoje, no dia dos 110 anos do clube, mais uma derrota.

Foi o sexto jogo de Ronaldinho contra o Grêmio. Foram quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota. Portanto, chegou a hora de deixar o cara de lado e pensar em vencê-lo, sem mágoas, na bola.

Neste domingo, ele não foi decisivo. Quem marcou foi Fernandinho. Poucos minutos depois de Vargas perder um gol cara a cara com Victor. Talvez, o melhor em campo. O ex-goleiro gremista fez mais três defesas decisivas para a vitória dos mineiros.

O campo pesado e empoçado prejudicou ambos os lados. Não gostei da drenagem do gramado que foi tantas vezes destacada pelo ex-presidente Paulo Odone.

Faltou criatividade. Decididamente o time de Renato joga melhor quando não tem que tomar a iniciativa de atacar. O gol do Atlético foi através de Fernandinho, após boa jogada de Jô e Tardelli pela direita.

Como sempre dissemos, o grupo gremista foi muito mal planejado. Não há alternativas para o treinador. Contrataram sem critérios. Fábio Koff estava preocupado com a Arena e meio que deixou de lado a formação do elenco realizada, fundamentalmente, no início desta temporada.

Mas, de novo, dá para sonhar como uma vaguinha na Taça Libertadores da América. O time está muito longe do título.