abr-11th-2013
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E não é que o Abelão escalou mesmo o Fluminense com três atacantes diante do Grêmio, semelhante esquema utilizado por ele no Engenhão na vitória de três a zero dos gaúchos!?
Incrível a coragem demonstrada pelo ex-comandante do Internacional, que nunca venceu uma partida como treinador de Vanderlei Luxemburgo.
Só que, na verdade, quando o Grêmio tinha a posse de bola, todo o time carioca voltava e se posicionava atrás da linha da bola, diminuindo os espaços da equipe gaúcha.
Foi uma partida muita disputada. O favoritismo gremista terminou quando o zagueiro Cris, irresponsavelmente, deu um coice em Rafael Sóbis e foi expulso justamente pelo árbitro, no final do primeiro tempo.
Aliás, na minha opinião, a arbitragem foi bem. O grande erro foi quando anulou um gol do Flu, marcando um impedimento que não existiu, na etapa final.
Luxemburgo errou quando tirou Vargas para a entrada de Kléber. Faltou a jogada de velocidade lá na frente. Mas acertou quando colocou Adriano na tentativa de equilibrar o Grêmio que tinha um jogador a menos.
O empate foi fundamental para o fator anímico. A equipe escapou da derrota, também, por causa de algumas defesas incríveis do seu experiente goleiro.
O Grêmio teve mais sorte do que juízo. Mas há que se elogiar a raça dos jogadores motivados pela grande nação azul. Em suma, é o que a gente vinha dizendo desde antes da partida.
A decisão será mesmo no Chile diante do Huachipato, quinta-feira que vem, dia 18 de abril. Se ao menos conquistar mais um empate estará na próxima fase.
abr-10th-2013
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Se realmente Abel Braga estiver falando a verdade com relação ao time do Fluminense para o jogo desta quarta, o Grêmio entra em campo como franco favorito. Sempre deixando claro que o favoritismo acaba quando o árbitro trila o apito autorizando o início da partida.
Ainda estou duvidando que o treinador carioca escale o seu time da forma aberta e perdendo o domínio do meio campo, exatamente igual a partida do Engenhão, quando o Grêmio ganhou de três a zero. Não seria um “migué” do Abelão? Hein?
Se bem que, mesmo com três atacantes, até o momento do gol contra marcado a favor do Grêmio pelo lateral direito Bruno, o jogo estava equilibrado. Não achei que o time de Luxemburgo tenha feito uma grande partida, apesar da vitória elástica.
Na realidade, o resultado é que foi extraordinário. Mas aqui na Arena é uma temeridade jogar abertinho. Certamente, Vanderlei Luxemburgo, que nunca perdeu para Abel Braga como treinador de futebol, agradeceria.
E tem polêmica envolvendo o amistoso da Seleção Brasileira contra a Bolívia. Dirigente boliviano afirma que a receita da partida é da Federação Boliviana, contrariando o que havia dito o presidente da CBF, José Maria Marin, que informou que a renda total do amistoso da Seleção seria destinada à família do jovem Kevin Espada, morto no último mês de fevereiro, em partida entre San José-BOL e Corínthians.
Clica
aqui para ver o nosso comentário completo no SBT-RS.
abr-8th-2013
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D’Alessandro é tido como o craque do time. Ele realmente melhorou o seu desempenho do ano passado para cá, mas não consegue fazer o time jogar como deveria.
Inter ainda não foi testado por um grande adversário. O problema do Internacional acaba sendo o mesmo do Grêmio. A dupla não tem um meia armador que faça o time jogar.
Neste domingo, apesar das condições do gramado que mais parece de futebol sete, um dos palpiteiros de plantão chegou a dizer que o Colorado estava diferente para melhor por causa da simples entrada de Willians na equipe.
Que o toque de bola estava superior ao apresentado em partidas anteriores pela simples saída de Josimar e pela entrada de Willians. Só podem estar de sacanagem comigo!
Talvez, por isso, é que entendo por qual motivo a massa acaba se enganando a respeito das reais possibilidades da equipe.
Menos mal que a comissão técnica colorada está consciente. Dunga tem falado que são necessários reforços pontuais. Um reserva para o argentino ou alguém que possa fazer parceria com ele.
Parte da turma tem receio de dizer ou não enxerga a realidade do nosso futebol e suas fragilidades. A verdade é que as dificuldades do Inter, por exemplo, quando expostas, não são simpáticas aos interesses de grande parte da torcida.
O que dá tranquilidade ao Internacional numa comparação com o Grêmio é que o time do Beira-Rio atravessará todo o primeiro semestre sem praticamente enfrentar um adversário de melhor qualidade. Já o Grêmio tem a Libertadores.
abr-7th-2013
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O Cerâmica, de tanto que já atuou na Arena, desde a sua inauguração, parecia que estava jogando em casa. Mesmo assim não conseguiu segurar o Grêmio que acabou ganhando por um a zero, gol marcado por Fernando em cobrança de falta desviada pelo zagueiro.
A equipe gremista conseguiu, também, se recuperar dos dois últimos resultados que não foram dos melhores no campeonato gaúcho: derrota para o Cruzeiro e o empate com o Passo Fundo.
Apesar de não ter sido uma boa atuação, o Grêmio passa o final de semana com a tranquilidade da boa atuação de Marco Antônio, o substituto de Elano na próxima quarta-feira.
E seguem as dificuldades quando o Grêmio enfrenta times fechados na Arena. Tem gente achando que poderá haver uma melhora com a escalação de mais atacantes e pedem a entrada do Gladiador, ao lado de Vargas e Barcos. O próprio Luxemburgo chegou a pensar assim. Qual é a opinição de vocês?
Ah! Fred, do Fluminense não deverá enfrentar o Grêmio. Saiu do estádio de muletas após vitória de seu time pelo campeonato carioca.
abr-6th-2013
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Na última quarta-feira, recebemos, na rádio Pampa AM 970, o presidente da comissão de obras do Beira-Rio, Max Carlomagno. Na semana que vem, o comandante da Brio estará nos estúdios. Todas as questões da reforma estarão sendo respondidas.
Marcelo Flores é o líder máximo da empresa parceira da Andrade Gutierrez e Inter que entregará aos colorados um novo estádio. Ele nos adiantou, por telefone, que o Beira-Rio, como empreendimento, começará mesmo a funcionar depois da Copa, quando a FIFA já tiver ido embora.
Disse que a Copa de uma forma geral não beneficia o clube e nem a empreiteira. O negócio do novo estádio, por incrível que possa parecer, não conta ainda com uma estimativa de lucro.
Porque o tipo de negócio é ainda muito novo no Brasil. Inexiste estádio com “naming rights”, e com este tipo de oferta que está sendo feita hoje. Marcelo disse ainda que o Inter, diferentemente do contrato do Grêmio, tem a prerrogativa de gestão.
Porém, o gerenciamento das áreas VIPS, e outros setores agregados ao antigo modelo colorado, é da Brio. A área de entretenimento é exclusiva da Brio. Resumindo: o Inter controlará 43 mil ingressos e a parceira pouco mais de 5 mil.
Nesta sexta-feira, a imprensa teve acesso a sede gaúcha para a Copa do Mundo de 2014. Pela primeira vez a mídia em geral teve acesso interno ao estádio do Inter que, até o final do ano, deve estar praticamente todo reformado.
abr-5th-2013
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Postado por Ricardo Vidarte
Parabéns ao Sport Club Internacional! E na semana de mais um aniversário do clube, são 104 anos de grandes conquistas, me atrevo a provocá-los. Escalarei o melhor Inter de todos os tempos.
Seria muito legal que cada um dos nossos seguidores fizesse a sua escalação, respeitosamente. Há muitas alternativas, mas cada um sabe qual o critério de sua preferência. Na Pampa AM 970, logo mais à noite, estarei escolhendo a mais justa, se é que existe justiça neste assunto.
Eu decidi escalar somente jogadores que eu vi jogar. Em campo, atuando. Vamos ao onze do Colorado: Manga, Ceará, Figueroa, Índio e Jorge Vágner. Batista, Falcão, Carpegiani, Valdomiro, Fernandão e Pato. Técnico: Rubens Francisco Minelli.
Estou deixando de lado gente muito importante na história do clube: Taffarel, Clemer, Gato Fernandez, Cláudio, Winck, Marinho, Gamarra, Mauro Galvão, Cláudio Mineiro, Vacaria, Caçapava, Edinho, Tinga, Jair, Claudiomiro, Escurinho, Dario, Flávio, Ruben Paz, Lula, Iarley, D’Alessandro, Nilmar, Mário Sérgio e muitos outros. Peço desculpas a todos eles. Inclusive, ao técnico Abel Braga, comandante campeão mundial interclubes.
Clique aqui para ver os gols da vitória do Inter sobre o Rio Branco, do Acre, pela Copa do Brasil e o comentário do @ricardovidarte.
abr-4th-2013
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Sinceramente, não sei se não seria melhor para o Inter que ele não tivesse classificado direto para a segunda fase da Copa do Brasil. O time está precisando jogar para ganhar mais entrosamento ou para testar outras alternativas. Mas tem o lado do descanso necessário e a prioridade da conquista do Estadual.
Na verdade, a menos que ocorra um GRENAL pelo campeonato gaúcho, o Inter apenas está aguardando os mais ou menos cinquenta dias para estrear no campeonato brasileiro.
Sim, porque pela a Copa do Brasil, a menos que aconteça uma grande surpresa, o Colorado somente jogará uma partida competitiva em agosto, quando começará a etapa de oitavas de final do certame.
Nesta quarta-feira, Caio, aos 18 minutos, e Forlán, de pênalti, aos 48 do segundo tempo, fizeram os gols da classificação colorada.
O Inter classificou, mas, de novo, deixou a desejar. Estou começando a achar que D’Alessandro e Dátolo não podem jogar juntos. Pelo menos, no esquema atual. Aírton não pode ser titular e Damião faz muita falta. Talvez, com a volta de Fred o time ganhe em movimentação e velocidade. Caio está surpreendendo positivamente.
Aliás, Dale que foi expulso ainda no primeiro tempo Ele está fora da segunda partida pela Copa do Brasil. O Inter enfrentará na segunda fase do torneio o vencedor de Guarani-CE e Santa Cruz-PE. Nesta quarta, em Juazeiro, o Santa Cruz venceu por 2 a 1, e decidirá a vaga em Recife.
Rio Branco:
Douglas; Ley, Pé de Ferro, Marquinhos Costa (Pé de Ferro, intervalo), Ananias (Alfredo, 5′/2º); Ismael, Araújo Goiano, Neném, Testinha; Araújo, Juliano César (Marcelo Brás, 20′/2º).
Técnico: Luís Carlos Silva.
Internacional:
Muriel; Fabrício, Romário, Juan, Gabriel; Airton, Josimar (Willians, 21′/2º), Dátolo (Otávio, 29’2º), D’Alessandro; Rafael Moura (Caio, 16′/2º), Forlán.
Técnico: Dunga.
abr-3rd-2013
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Tudo nos conformes: Conselho Deliberativo aprova as contas de Luigi, sem ressalvas
Apesar de algumas poucas resistências, de mais ou menos 20 conselheiros dos mais variados grupos políticos do Inter, o contrato com a Globo foi convalidado. O que abriu o caminho para a aprovação do balanço do ano passado da atual gestão de Giovanni Luigi, sem ressalvas. Exatamente, como o blog havia antecipado, anteriormente.
A “oposição”, na realidade, sabia que o recebimento de mais de 35 milhões de reais da tevê seria aprovado pela maioria absoluta dos conselheiros que nem sequer leu os termos do contrato. Lamentável!
Na verdade, quase ninguém pretendia votar contra. Quase tudo fazia parte do “acordão” que provocou a aclamação de Ibsen Pinheiro à presidência do Conselho Deliberativo.
O Convergência Colorada “jogou para a torcida”. Passando para a grande mídia a ideia de que se posicionou contra o recebimento do aditivo de contrato de televisionamento do Campeonato Brasileiro dos próximos quatro anos.
Mas na hora que poderiam impedir o prosseguimento da reunião, se o movimento se manifestasse em massa pela paralização dos trabalhos para que o contrato fosse lido por todos e, somente depois disso, numa outra data, se votasse a aprovação do contrato e das contas de Luigi, o Convergência praticamente se omitiu.
Aceitou a chamada convalidação mesmo que o estatuto tivesse sido violado, por falta de prévia autorização.
O Inter até recebeu uma boa quantia. Mas, com certeza, está deixando de faturar logo adiante uma grana muito superior aos valores atuais em termos de exploração dos veículos de internet, que a cada dia cresce em audiência e formas de transmissão.
E tenho dito.
abr-2nd-2013
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- Clique aqui: Assista aos gols da dupla grenal no gauchão Postado em 02/04/2013
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O Internacional superou o Esportivo sábado, no Estádio dos Vale, em Novo Hamburgo. Caio e D´Alessandro marcaram os gols da vitória colorada. Já o Grêmio no domingo não passou de um empate em 1 a 1 contra o Passo Fundo, no Vermelhão da Serra.
Estamos começando uma semana recheada de futebol. Liga dos Campeões, Liga Europa, Copa Libertadores, Copa do Brasil e Gauchão.
Quarta-feira, o destaque fica para a partida do Inter, no Acre, diante do Rio Branco. O estádio Arena da Floresta é novo e conta com um ótimo gramado. No ano passado, pela Copa do Brasil, o Cruzeiro enfiou seis a zero e voltou classificado.
Ah! Temos que destacar, também, no mesmo dia do jogo do Inter, o enfrentamento entre o Caracas e o Huachipato, na Venezuela. Jogo válido pelo grupo do Grêmio, na Libertadores. O que seria melhor para as pretensões do time brasileiro?
Lembrando que o Inter não participa da Copa do Brasil há três edições. Na última vez, decidiu o título e perdeu para o Corínthians, de Mano Menezes e Ronaldo, estão lembrados?
Já o técnico Luxemburgo, que mostrou profissionalismo por trabalhar no dia da morte de sua mãe, prefere lembrar das atuações contra a LDU e o Fluminense quando perguntado sobre a fraca campanha da temporada.
O Tricolor em 20 jogos venceu 10, perdeu 9 e empatou a primeira do ano em Passo Fundo, no Vermelhão da Serra.
Direito de perguntar: o time do Inter precisa ser testado contra um time mais competitivo para que possamos tirar conclusões mais confiáveis. Não? E o Grêmio, já fez alguma partida convincente na temporada?
Opinem.
abr-1st-2013
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TRIBUNA LIVRE
Credo. Acontece de tudo nessa Arena. O lugar é mal assombrado. O Grêmio, em homenagem ao aniversário da cidade, participou de um evento festivo da semana intitulado “recordar é viver”. Conseguiu, inacreditavelmente, jogar um GRE-CRUZ ! E, mais inacreditavelmente ainda, perder !!!
O clássico citadino dos tempos do Ghilosso, do Grande Hotel e do Bromberg, redivivo. Há muito não ouvia falar do alvi-azul, clube do Hoffmeister, dos Bittencourt, dos Di Primio Becker, dos Brenol de Andrade, dos cemitérios lindeiros, do Laerte II e do Laerte III. Do Arizábalo. Do Barrilzinho de Pólvora, do Jarico. E até do Jair Soares. Tempos do pós guerra. Do Alto da Bronze.
A gente descia do bonde Teresópolis, ali, perto do Olímpico, nas tardes de sábado ( o Cruzeiro jogava na véspera dos jogos da dupla) e subia a Montanha. Contra o Nacional, o Renner, o São José, o Força e Luz (antes, Corintians). Depois, o Floriano e o Aimoré. Cheiros de charuto, pólvora seca e terra molhada no ar. Meu pai ia de chapéu (tenho uma foto de um jogo na Chácara das Camélias, onde o pavilhão inteiro estava ocupado por homens de Ramenzoni, “O” chapéu (Seu Herminio vendia eles) .
Alguns de terno de linho branco. Que iam e vinham dos prélios em carros de aluguel, chamados de “Lotação”, carros grandes importados ( Buicks, Oldsmobiles, Packards, Dodges , Mercurys , Nachs e etc.) com seis e até sete lugares. Radios tocando Gardel e Bing Crosby. Algumas transmissões da orquestra do maestro Salvador Campanela. Havia o Grande Hotel, o Majestick e a Mônica. Também a Emilia e a Casa dos Barbantes. O Treviso. O Ildo Meneghetti e o Valter Jobim. E o Pio XII. “Estudantes que formamos, nossa alma varonil, somos lídima esperança, do futuro do Brasil “(se soubesse do Lula.., tinha estacionado ali, na juventude).
Diziam que o Cruzeiro havia acabado. Que seus restos é que estavam agora sendo exumados nos subúrbios da cidade ou nas suas proximidades, no lugar que a Bíblia chamou de” terra do leite e mel”, “a terra prometida”, com o nome de Cachoeirinha. Pelo menos teria havido, antes, exéquias completas do Cruzeiro que eu recordava. Quando vi a cena do time entrando em campo, me belisquei. Acho que estava sonhando. Um bando de fantasmas de calção e vestidos de branco na noite profunda e silenciosa de Humaitá, logo ali, depois de escombros de incêndio, em meio aos casebres e palafitas daquele excêntrico e excitante bairro da cidade atual.
Um pouco bêbados, não fosse os morcegos, bem se poderia comparar a Beverly Hills, depois do Napalm. Aquilo não me pareceu um jogo, mas um re-jogo. Ou o jogo que não teve fim. Antes do apito inicial, uma vista rápida na periferia do campo deu-me um certo frio no espinha: havia um fosso papa-torcedor bem ali na frente. Tive a sensação de que se não me cuidasse, num momento de alienação ou abstração profunda, seria tragado pelo buraco.
Quem sabe, na descida, pra tomar refri, se tropeçasse … (Certamente outro inquérito dos Bombeiros . Está na moda. Qualquer coisa, chama os Bombeiros. Até pra resolver cárie dentária ou síncope cardíaca. Nada de Samu. Depois eles dão um laudo. Bem grande. Como o Tarso gosta. Os culpados sempre são os outros. E se não são, a gente inventa). Mais adiante, no fundo, uma imensa arquibancada abandonada, como a reverenciar antigas torcidas desterradas e tempos gloriosos do time , idos e vividos. (Aliás, a propósito, alguém, na crônica da vida do Grêmio, um dia devia parodiar Machado de Assis, em “Versos a Carolina”, para retratar estes nossos tempos tristes e essa desesperança).
Ocorreu-me : trata-se de lugar apropriado para erguer-se permanentemente ( ou pelo menos enquanto se consiga pagar a Arena) um panteão em homenagem ao “Torcedor Desconhecido”, transformando aquela inutilidade silente, diploma de incompetência, numa reverencia aos que, anonimamente, tem recrudescido, em outro lugar e a cada derrota do Grêmio, o seu amor pelo clube. Senão seus corpos, pelo menos sua alma e coração poderiam ali ser ali inumados, assim, talvez, até justificando o seu clima noir. Sua atmosfera de Hitchcock.
A cena e o ambiente estavam perfeitos para um filme de terror. Que realmente passou. Cenas tão singulares quanto apavorantes aconteceram depois, só explicáveis metafisicamente: houve um gol do time anilado, o ressuscitado E.C. Cruzeiro, onde, entre trapalhadas com cabeças, troncos e mãos, somente concebíveis se atribuídas a caprichos do Capeta e acontecidas entre dois patetas numa noite estranha, o goleiro e o zagueiro do nosso time, um duende extra terrestre com cabelo de espanador de vidraças e nome de traveco, que casualmente ia passando pelos arredores naquele momento, olhando a lua e coçando o saco, encolheu a perna pra não se meter no rolo, com isso alcançando a bola, coitada, que, não sabendo pra onde ir, tomou o caminho do nosso gol, onde mansamente entrou, sem perturbações inconvenientes e ante o silêncio e a perplexidade gerais.
Vade retro, Satanás. Enquanto isso, o adversário do Cruzeiro, também formado por fantasmas, mas tricoloridos, liderados por um Gladiador e um Pirata – Luke Skywalker e Han Solo do momento – esforçava-se denodadamente para estourar a paciência de meia dúzia de assistentes e de milhares de telespectadores do espetáculo, travestidos de Dart Vaders. Todos integrantes de uma leva de ciganos da cidade, recém corridos de seu habitat de sempre, que alguém, elegante, mas espertamente, em algum momento, há pouco, chamou de “migrantes”. Pra disfarçar o êxodo forçado. De consistente, nessa exótica expressão, somente o fato de que todos estão migrando é para a Sky, que, por isso, agradece à OAS e ao Conselho do clube o incremento nas vendas. À falta, pois, de coisa melhor, o que de mais se pode exigir dessas hordas de transeuntes apaixonados não é mais torcer, mas louvar. A Arena.
O envolvimento associativo do clube há muito subtraiu-se da competição desportiva, sua primitiva razão de ser, em favor da evangelização de seu patrimônio e no culto a sua magnificência. E não aquele existente, o possível, mas apenas o sonhado, o apenas provável. Crê-se ou morre-se. Ontem, em véspera de sexta-feira santa, baixo a lua cheia, o lobisomem do Olímpico uivou nas suas frestas. Cuidado com os meteoritos. Drácula pode vir a bordo. Só faltava isso. Arena mal assombrada.
Cacaio Azambuja Sócio Patrimonial Remido Conselheiro do CD