A única coisa que destoou na noite desta terça foi o gramado da Arena. O resto foi perfeito. Uma vitória para lavar a alma tricolor. E pensar que ainda existem argumentações que exigem os titulares no Gauchão.
Koff e Luxemburgo estavam certos em poupar os jogadores mais importantes, souberam aproveitar o tempo para trabalhar, entrosaram melhor o grupo durante quase dez dias treinando e acabaram com a história do grupo 8 de que time mandante não ganha diante do seu torcedor.
Fazia tempo que o Tricolor não goleava na Libertadores. Nem me lembro mais quando foi a última vez que o Grêmio marcou quatro gols numa partida válida pela competição.
Agora, talvez, o melhor seja a vitória do Fluminense nesta quarta para despachar de vez o Huachipato, do Chile. Não?
O professor Tristão me deu os percentuais de chances de classificação do grupo gremista, no momento.
O Grêmio, com a vitória, reúne 83%, o Flu, com o mesmo número de jogos, mas com saldo inferior, tem 67%. Huachipato, 30% e o Caracas apenas atinge os 20% de classificação.
Se o Flu ganhar dos chilenos, no Engenhão, praticamente a luta estará restrita para que a gente saiba qual será o primeiro e o segundo colocados. Lembrando que classificam-se somente duas equipes por grupo na competição sul-americana.
Na vitória de quatro a um, Zé Roberto perdeu dois “feitos” e fez dois gols contra o Caracas. Elano é diferente na bola parada, ele parece desligado, mas tem sido decisivo. Fernando jogou demais, ainda mais embalado pela convocação. Vargas aterrorizou a defesa venezuelana e Barcos foi o melhor em campo.
O Pirata, além de deixar a sua marca, participou de outras jogadas de gol. O argentino está desequilibrando. Sei que pode ser precipitação, mas parece que ele foi a melhor contratação visando a busca da conquista do tricampeonato da América.
GRÊMIO: 4
Dida; Pará, Werley, Cris e André Santos; Fernando, Souza, Zé Roberto, Elano (Marco Antonio, 38′/2º); Vargas (Welliton, 38′/2º) e Barcos
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
CARACAS: 1
Baroja; Carabalí, Peraza, Sánchez e Quijada; Jiménez, Juan Guerra, Otero, Peña (Cabezas, 21′/2º), Meza (Lucas, 10′/2º); Cure (Farías, 32′/2º)
Técnico: Ceferino Bencomo
Gols: Barcos (G), aos 16min, e Werley (G), aos 37min, no primeiro tempo; Zé Roberto (G), aos 6min e aos 27min, e Andres Sánchez (C), aos 14min, no segundo tempo;
Arbitragem: Antonio Arias, auxiliado Rodney Aquino e Carlos Caceres (trio paraguaio).
Cartões amarelos: Cris (G); Sánchez, Otero e Guerra (C).
Renda: R$ 1.336.941,00
Público: 32.531 (30.307 pagantes).
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre.