Mesmo com a presença do zagueiro Índio, o Inter foi surpreendido aos 8 minutos com um golaço de Cáceres. Renato Cajá tocou para o miolo da área e Cáceres deu um leve toque por cobertura. Alisson estava adiantado e foi encoberto. Um a zero.
O Inter ficou por vários minutos desestabilizado. Até mesmo algumas vaias foram ouvidas no Estádio do Vale. Os baianos perderam ao menos duas oportunidades de ampliar o placar.
Até que D’Alessandro decidiu fazer jus ao seu elevado salário. E através de sua habilidade virou o jogo. Aos 26 empatou cobrando uma falta da entrada da área. Ele cobrou no canto direito de Wilson, sem chances para o goleiro.
E aos 28 colocou o Inter na frente no marcador. Leandro Damião recebeu de Gabriel pela direita e passou para o meio da área. D’Alessandro teve tempo para dominar, driblar e chutar para o gol. Inter dois a um.
Veio o intervalo. Dunga colocou Josimar no lugar de Ygor. O meio campo estava sendo dominado. Aos 18 minutos Alex também foi acionado na vaga de Damião. Aos 23 Alisson saiu machucado e Muriel voltou a jogar no gol colorado.
O Vitória continuou perigando. Muita gente pensa que o Inter é dependente de D’Alessandro. Apesar do argentino ter feito os dois gols de hoje e aparecer entre os goleadores da temporada alvirrubra, é por causa dele que a equipe é instável.
O Vitória se aproveitou e Cáceres acertou um belo chute de fora da área. A bola entrou no canto do goleiro Muriel, sem chances de defesa. Dois a dois.
Longe de ser um gênio, D’Alessandro fracassou em todos os campeonatos brasileiros pelo Inter. Jogador frágil fisicamente, não consegue dar ritmo e velocidade ao setor da meia cancha por várias partidas consecutivas.
Além de instável, o Inter é uma equipe lenta, sem velocidade. Há sempre um buraco entre a defesa e o ataque. Também por causa do argentino. E os defeitos se agravam com a presença de volantes sem grandes qualidades com com a bola no pé.
Por isso, talvez, a Copa do Brasil seja a salvação do ano. D’Alessandro cresce em jogos eliminatórios. Ele é atleta para tiro curto. Basta a gente olhar para o desempenho dos últimos anos. O Inter tornou-se um time copeiro.
Ou estou exagerando? Opinem.