Não tem nada perdido, há muita água por passar por debaixo da ponte. A derrota para o Huachipato coloca o Grêmio na parede, mas a equipe já saiu de situações complicadas anteriormente.
Luxemburgo tem sido um dos principais alvos de minhas críticas, desde o ano passado. Aqueles que acompanham o blog sabem que sempre critiquei a vaidade e os “super poderes” do treinador, que sempre quer os holofotes voltados para si próprio.
Historicamente, desde que nós éramos repórter atrás das goleiras, ele tem agido desta forma, e não seria no Grêmio que mudaria, apesar do grande presidente e líder Fábio Koff.
Nesta quinta-feira, o “homi” se superou. Mudou a equipe em todos os setores, como se o entrosamento não fosse algo importante na prática do futebol. Mexeu, inclusive, no meio campo, que foi o que de melhor a equipe apresentou no brasileiro de 2012.
E, depois de perder para o “fortíssimo” time chileno, como se estivesse falando para pessoas despreparadas ou desmemoriadas, quis aplicar que o gramado da Arena foi o responsável pela péssima atuação.
Até parece que ele pensa que a turma não lembra mais do empate no Olímpico diante do Inter, com nove jogadores em campo, desmantelado e com um treinador interino. Sim, Luxemburgo conseguiu empatar no Olímpico lotado com um time treinado por Osmar Loss.
Que nós esquecemos que o Grêmio gastou uma babilônia para ficar dez dias no Equador para perder para um time que tinha contratado nada mais nada menos do que dezessete jogadores. Ou seja, a pior LDU de todos os tempos. E aqui foi aquele parto para ganhar a classificação nos pênaltis.
Continuo achando que o Grêmio foi mal planejado. A equipe não conta com um articulador. Koff já confidenciou para amigos sobre esta deficiência. Mas a obrigação de conhecer a característica do jogador a ser contratado e o mercado da bola, além da mecânica de jogo, é do treinador, não do presidente do clube.
Zé Roberto é um carregador de bola. Elano, no máximo, pode ser um terceiro volante, mas nenhum dos dois articula, ou seja, aparece para o jogo, pise na bola, lance ou faça uma jogada de infiltração pelo meio, entrando com habilidade e rapidez na área do adversário ou “cavando” uma falta.
Em suma, o time torna-se presumível e facilmente obstruído pelo oponente. Houve outros equívocos: André Santos, por exemplo, não é jogador de linha lateral, tem dificuldade na marcação e me parece ainda mais lento do que era antes. Pelo lado dele, o adversário construiu quase todas as suas jogadas ofensivas.
A dupla Cris e Saimon não pode jogar junta. Falta velocidade. Por incrível que pareça Vílson e Júlio César estão fazendo falta. Sem articulação, Vargas sucumbiu, menos mal que Barcos salvou a pátria tricolor. Mas quando Marco Antônio apareceu como a solução…
Opinem.