Os times brasileiros da Libertadores da América e envolvidos nas decisões de seus respectivos estados, estão muito mais preocupados com a competição sul-americana do que qualquer outra coisa.
No entanto, dos seis que estão na atual etapa de oitavas de final da Libertadores, somente Grêmio e Palmeiras ficaram de fora dos certames locais. Fluminense, Atlético/MG, São Paulo e Corínthians estão vivos.
Penso que devemos refletir sobre o assunto. Saber até que ponto o futebol é tratado realmente com profissionalismo como muitos dos envolvidos nele fazem questão de anunciar na grande mídia.
As vezes, as palavras que são ditas me passam uma ideia, quase uma certeza, de descompromisso geral. O futebol parece ser uma grande confraria, uma grande festa. Quem está na “panela” vai ficando com a batuta.
Por isso, alguns questionamentos: será que algumas das contratações, por exemplo, realizadas pelo Grêmio, na autal temporada, seriam igualmente feitas, se o dinheiro fosse dos dirigentes?
E o campeonato gaúcho seria desprezado e colocado em segundo plano como o Grêmio fez desde o seu início? Quem paga a fatura de mais um fracasso tricolor?
É que muitos fatos passam despercebidos por conta da dinâmica do futebol e da paixão do torcedor. O resultado do trabalho acaba sendo avaliado de forma subjetiva…
Notem o caso de Vanderlei Luxemburgo. É sempre a mesma explicação, mesmo antes de chegar aqui no Grêmio. Desde os tempos de seleção brasileira o discurso, nas coletivas, é o mesmo. Não muda, além de ser muito pouco convincente.
Um discurso pasteurizado, idêntico, ganhando ou perdendo, Luxemburgo diz que o time está sempre no caminho certo, que o trabalho está correto, e que os títulos virão em breve.
Em suma, a grande dúvida é se com menos “profissionalismo” e um amadorismo organizado das décadas vencedoras não seria melhor para o clube?
Quem sabe voltar aos velhos tempos! Retroceder um pouco e resgatar o antigo e vencedor gerenciamento do grande Fábio Koff.
Ou estamos demasiadamente saudosistas?
Velhos tempos de Grêmio!