Por Ricardo Vidarte
Tenho o maior respeito pelo técnico campeão mundial do Internacional. É sempre muito complicado criticar os grandes vencedores.
E Abel é, merecidamente, um dos mais valorizados treinadores do atual futebol brasileiro e ídolo da torcida alvirrubra.
O problema é que, as vezes, após as significativas conquistas, invariavelmente e inconscientemente, o profissional acaba se achando acima do bem e do mal.
Neste domingo, Abel Braga e seus auxiliares se equivocaram sobre a estratégia visando a partida. Houve um erro na avaliação do adversário. Subestimaram o “inimigo”.
Isso porque nada justifica a preservação da equipe titular lá em Veranópolis.
O último compromisso colorado tinha sido na terça passada, diante do Juventude, no Vale.
O penúltimo jogo ocorreu com o Caxias, no sábado, na festa de reencontro com a torcida, no Beira-Rio.
Então, por qual razão pouparam os titulares na serra? Se o Veranópolis é um dos melhores do campeonato e ainda inexiste um padrão de jogo do Inter?
Além do mais, a Copa do Brasil ainda está longe. A partida diante do Remo será só em março.
Certamente, alguém da direção deve ter questionado a decisão e não foi levado em consideração.
Basicamente, o Inter está enfrentando a mesma dificuldade encarada pelo Grêmio, com Renato Portaluppi, no ano passado.
Ou seja, de administrar um ídolo no comando do time. A história está se repetindo e a diferença é apenas o endereço.
Ou vocês acreditam que alguém na atual direção rubra tem estofo para fazer alguma cobrança contrariando a vontade do grande Abel Braga?
E tenho dito.