Antes de qualquer comentário, preciso pedir desculpas aos nossos seguidores. Nós estávamos equivocados sobre as condições do gramado e do estádio 19 de Outubro.
Sinceramente, da próxima vez teremos mais cuidado. Me desculpem! Acho que realmente me excedi! Nós erramos quando afirmamos, durante a semana, que o local da partida decisiva do turno gaúcho, deste domingo, era ruim.
Na verdade, o gramado e o estádio de Ijuí não são ruins. Eles são MUITO ruins, muito pior do que imaginávamos! Péssimos! Jogadores de alto nível como os do Inter, não poderiam atuar nele. É uma temeridade que D’Alessandro, Forlán, Damião, Juan, enfim, o grupo milionário colorado atue em condições tão precárias.
Mas o Inter não chafurdou! Pelo contrário, passou por cima do time de Paulo Porto e, merecidamente, fez cinco a zero. Eu disse CINCO A ZERO! Nenhuma surpresa para quem vem dizendo há muitos anos que precisamos fazer algo pelo nosso futebol.
Nós não somos contra o campeonato gaúcho. Muito pelo contrário. O que criticamos é a forma como ele é administrado ou o formato como é disputado. Não é à toa que estamos de fora das séries “B” e “C” do Brasileirão.
De qualquer maneira, estão de parabéns os torcedores, dirigentes e os jogadores pela conquista da Taça Piratini. O Inter não conquistava o primeiro turno do certame desde 2009. E sempre é importante ganhar, seja lá o que for.
Mas questões precisam ser respondidas. Penso que os comandantes alvirrubros têm a obrigação de refletir a respeito da caminhada colorada até agora, apesar do título. É, também, fundamental, saber por qual razão se ganha, no futebol.
Imaginem! A equipe adversária de hoje, que vinha embalada, há vários jogos invicta, a segunda melhor campanha do certame e sofre, mesmo assim, uma humilhante derrota dentro de sua própria casa.
Por isso, há que se avaliar com calma. Sem precipitações sobre a formação do elenco em busca de competições mais expressivas.
Será que o grupo está no caminho certo? Quais jogadores devem ser liberados e quais precisam ser contratados.
A defesa realmente é sólida como a grande mídia já começa a falar em cima dos últimos resultados positivos?
O meio campo é confiável? Até que ponto Dunga tem acertado nos seus primeiros meses de trabalho?
Forlán e Damião são atacantes que se complementam? Será que o campeonato gaúcho foi suficiente para testar e, consequemente, demonstrar as virtudes e defeitos do Inter?
Em suma, são muitas as perguntas que podemos fazer sobre uma equipe que ainda não enfrentou qualquer adversário competitivo no ano.
Opinem.