A turma nas redes sociais flagrou um contra-senso entre o treinador e o dirigente remunerado gremista que pode explicar um pouco a crise técnica da equipe.

O ato contrário a boa lógica escancara o livre arbítrio de Renato Portaluppi no clube. Exatamente a mesma liberdade de ação que gozava antes o professor Vanderlei Luxemburgo (demitido hoje do Fluminense).

Rui Costa ao chegar de Belo Horizonte disse aos repórteres em tom professoral: “Hora de trabalhar muito e falar pouco”, numa espécie de ordem a ser seguida pelo Grêmio.

Mas Renato parece não ter ouvido e, após a goleada para o Cruzeiro, falou bastante da “má sorte” e teve tempo ainda de provocar o rival: “O Grêmio não está de férias, como muitos outros times no campeonato.”

Em suma, cada qual puxa para um lado. Dividido assim está também o Conselho de Administração. Internamente, há assessores de Fábio Koff querendo a saída do técnico.

E, para mostrar a indefinição sobre o futuro tricolor, basta a gente considerar a entrevista concedida pelo presidente gremista, nesta segunda-feira.

“Não falei com o Renato após o jogo. Permaneci em Belo Horizonte para tratar de outras questões. A ideia era conversar antes da partida, mas não deu tempo.

Então, não adiantamos muito. Vamos ver se sai o acerto. Tem muito a ser definido para o próximo ano, portanto, não se estabelece prazo”, revelou Fábio Koff.